Maré da Restauração
Desde janeiro de 2022, o projeto atua com a participação na governança territorial identificando e mapeando áreas degradadas de manguezais e marismas com potencial de restauração, articulando ações com a comunidade local e ativamente construindo parcerias com a gestão pública e instituições de pesquisa para propor soluções baseadas na natureza frente à crise climática.
O Projeto Maré da Restauração tem como objetivo principal a conservação e restauração dos ecossistemas costeiros e marinhos do Complexo Lagunar Sul Catarinense com foco no desenvolvimento de estudos de viabilidade para implementação de projetos de carbono azul que tragam cobeneficios à natureza e comunidade local. A área do projeto engloba três municípios: de Laguna, Pescaria Brava e Imaruí com área potencial de 3000 hectares. O estudo de viabilidade detalhado está sendo realizado visando o diagnóstico ambiental, social e econômico da região.
A região é caracterizada pela transição de mangues e marismas sendo um grande berçario de diversas espécies comerciais da região. As atividades econômicas aliadas à perda da vegetação costeira nativa lagunar tem afetado a saúde ecossistêmica e também trazido prejuízos econômicos para as comunidades tradicionais que dependem da pesca artesanal. Além disso, aves migratórias únicas utilizam a região para nidificar, reproduzir e se alimentar.
Além de recuperar a biodiversidade e restaurar as áreas de manguezais e marismas, o projeto inclui co-benefícios adicionais, tais como:
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Empoderamento econômico: apoiar as atividades locais, integrando a comunidade como co-desenvolvedores do projeto e promovendo o uso sustentável dos recursos naturais
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Recuperar a biodiversidade: monitorizar e preservar habitats, aumentando a presença de vida selvagem essencial para a conservação dos ecossistemas, como os peixes e as aves migratórias.
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Adaptação às mudanças climáticas: restaurar áreas com espécies nativas e resilientes, ajudando a gerir os recursos hídricos e a prevenir inundações.
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Mitigação das mudanças climáticas: Remoção do equivalente CO2 da atmosfera nos próximos anos.
Em 2025, o projeto está sendo financiado pela Carbon2Nature (C2N) uma joint venture entre a Neoenergia e a Iberdrola, e realizado pelo Instituto Çarakura em parceria com a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC, Fundação Lagunense de Meio Ambiente (FLAMA) e outros parceiros locais.